Entenda quais são os direitos e benefícios para as mães trabalhadoras
- aranchipeadv
- 7 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
No Brasil, 30% das mulheres deixam o mercado de trabalha para cuidar dos filhos. Entre os homens, apenas 7% deixam o emprego.
É o que revela a pesquisa da Catho com 2,3 mil entrevistados. Segundo os dados, um dos maiores receios das mulheres é precisar faltar ao trabalho para cuidar da saúde dos filhos. Elas também se preocupam em se atrasar por causa de reuniões escolares e com a exaustão da rotina.
Alaíde se deparou com um desafio novo após sua promoção. Ela precisaria sair do Espírito Santo e viajar para realizar sua integração e o treinamento em São Paulo e no Paraná.
“Me bateu a preocupação de viajar por três dias para Foz do Iguaçu e ficar longe da bebê. Como ia deixar ela aqui?”, fala ela.
Novamente, ela descobriu que não haveria motivo de preocupação. Antecipando o dilema, a empresa possuía um novo benefício para as mães que precisassem viajar a trabalho.
Ela poderia levar sua filha e um acompanhante, sem custos adicionais, para não cortar a amamentação.
“Antes de ser promovida ou sair de licença, já tinha orgulho de trabalhar aqui. Nós trabalhamos com produtos para pessoas e vejo que a empresa dá valor às colaboradoras. Estou muito feliz e vejo que não é uma motivação apenas para mim, mas para outros funcionários”, diz ela.
Alaíde reconhece que os benefícios que usufrui – sala de amamentação, a política de viagens, auxílio-creche – não são a realidade para todas as mulheres e já viu colegas em outras empresas precisando parar de trabalhar para cuidar dos filhos. Segundo ela, retornar ao mercado depois da pausa é um problema também.
Segundo pesquisa do Vagas.com, 52% das mães afirmaram ter passado por situação desagradável no escritório durante a gravidez ou após a licença. Com 837 respondentes, o estudo aponta que 23,7% das mulheres receberam comentários desagradáveis, 19,9% foram demitidas e 16,9% sentiram falta de empatia.
Em 80% dos casos, os chefes foram apontados como responsáveis pelas discriminações.
A empatia parece ser parte da razão para empresas como a Kimberly-Clark avançarem na oferta de benefícios para os funcionários na questão da maternidade, tratando preocupações e desafios exclusivos para os pais e mães da empresa como prioridade.
Junto a isso, há uma forte influência da empresa globalmente para aumentar a participação de mulheres em cargos de liderança. No Brasil, a Kimberly-Clark possui 42% desses cargos ocupados por mulheres.
Para Alessandra Morrison, diretora de Recursos Humanos da Kimberly-Clark, o objetivo da empresa é criar condições e escolhas para que as mulheres possam balancear os diferentes papéis da vida profissional e pessoal.
“Para a nova política de viagens, percebemos que era uma necessidade das colaboradoras e ouvimos isso. As mães tendo essa facilidade, sua experiência na empresa muda. Inclusiva para outros funcionários, que convivem com elas e observam o impacto positivo”, explica ela.
Além de representar um bom exemplo para seus funcionários e suas redes, como amigos e familiares, a diretora espera que a empresa seja referência para outras empresas aplicarem suas políticas de sucesso.
Fonte: Exame
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